III Encontro de Coros da Ouvidoria
Decorreu no passado dia 22 de abril na Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Rosário da Lomba da Maia o III Encontro de Coros da Ouvidoria que contou, este ano, com a presença de sete grupos corais. Dois juvenis: Grupo Coral Cristo Rei e Grupo Coral Juvenil da Lomba da Maia. De seguida os grupos corais litúrgicos: Coral Nossa Senhora da Graça do Porto Formoso, Coral da Paróquia de São Brás, Coral da Matriz do Divino Espírito Santo da Maia, Coral da Paróquia dos Santos Reis Magos dos Fenais da Ajuda e por último o Coral da Paróquia Nossa Senhora do Rosário da Lomba da Maia.
Cada grupo apresentou duas peças à sua escolha. Na variedade se enriqueceu a noite.
O intuito deste encontro é precisamente de se criar um ambiente de partilha entre os corais bem como o de se ressalvar a importância da música nas celebrações litúrgicas nas diversas comunidades que compõem a ouvidoria.
Assim se partilha a intervenção do Ouvidor Padre Carlos Simas na abertura no III Encontro de Coros da Ouvidoria.
«A música é uma transmissão de sentimentos que nos faz elevar a nossa alma ao mais pleno transcendente de cada um de nós.
Diz-nos Beethoven que “a música deve brotar fogo do coração do homem, e lágrimas do coração da mulher”. É precisamente neste contraste de sentimentos que a música encontra em si própria todo o seu esplendor.
O mesmo compositor nos diz que “os músicos utilizam de toda a liberdade que podem”.
Seguindo este ponto de orientação é de salientar que o musico compõe numa folha branca onde o seu pensamento se expande sem barreiras e limites. Só desta forma poderá nascer uma obra completa, livre e sentimental.
Já Sebastian Bach completa a profundidade musical acrescentando que “onde há devotação à música, Deus está sempre por perto com a Sua presença generosa”.
Assim como Deus cria o homem de forma livre a música só adquirirá a sua completa beleza quando for criada e tocada e cantada em liberdade.
Sabastian ainda nos diz que “a música é uma harmonia agradável pela honra de Deus e os deleites permissíveis da alma”.
Este pensamento vem completar o que o Cristianismo tem por sua base criativa: Deus encontra-se na alma do homem e os bons sentimentos nos fazem elevar até Deus.
Contudo é na explosão do encontro entre o Homem e Deus que há uma completa harmonia entre a criação e o criador.
Portanto a música só tem razão de existir quando esta tende para os sentimentos daquele quem a criou».