Paróquia do Divino Espírito Santo

 

A igreja da Maia, embora mais pequena, já existia no ano de 1522, conforme se pode ver nas “Saudades da terra”, de Gaspar Fructuoso. Em 1526 e 1527, era seu «raçoeiro» e tesoureiro, um tal Bastião Gonçalves como se conclui do «Livro do Almoxarife João Tavares».

Segundo outra verba deste mesmo livro, sabe-se que, por volta de 1537, houvera obras na capela respectiva, pois nele se diz que, no dia 3 de Maio daquele ano se lançou em despesa, a João Tavares, 8$000 réis que mandou pagar pedreiro Fernão d’Alvares, que fez a capela da Maia, pagamento esse que foi realizado parte em trigo.

No ano de 1555, por carta régia de 18 de Maio, era feita mercê de 90 alqueires de trigo ao seu Vigário P. Viconde Carneiro.

Mais tarde, em 1566, era vigário desta igreja o P. Afonso Senra que renunciaria ao seu lugar e seria substituído, por alvará de 22 de Junho, pelo P. Sebastião Lopes. Por carta régia de 30 de Julho de 1568 a côngrua deste seria aumentada de 3$000 réis.

Por várias fases passou esse interessante templo nos séculos XVII e XVIII, consoante as necessidades do mesmo e ainda o aumento populacional da freguesia. A grande reconstrução, porém, verificou-se nos fins do século XVIII, porquanto em 15 de Outubro de 1812, o Cabido da Sé de Angra dava licença ao Ouvidor da Ribeira Grande para benzer, visto estarem concluídas a capela do Santíssimo e a capela-mor.